AS SITUAÇÕES DESAGRADÁVEIS  NAS REUNIÕES FAMILIARES

A auto-sabotagem pode manifestar-se de muitas formas — algumas subtis, outras mais evidentes — mas o denominador comum é sempre o mesmo: agir contra os próprios interesses ou impedir o próprio crescimento.

Aqui estão exemplos divididos por tipo, para te ajudar a reconhecê-los com mais clareza 👇

🧠 1. Auto-sabotagem mental

• Pensamentos negativos automáticos: “Não sou capaz”, “Isto não vai resultar”, “De certeza que vou falhar”.
• Comparação constante: olhar para os outros como se fossem “melhores” e usar isso para desvalorizar-se.
• Perfeccionismo paralisante: querer que tudo esteja perfeito antes de começar — e acabar por não começar nunca.
• Autocrítica excessiva: transformar cada erro numa prova de incompetência.

🕰️ 2. Auto-sabotagem comportamental

• Procrastinação: adiar constantemente tarefas importantes, mesmo sabendo que isso trará stress ou prejuízo.
• Desorganização crónica: não planear, perder prazos, esquecer compromissos — criando caos que depois reforça a culpa.
• Evitar desafios: recusar oportunidades por medo de falhar ou de não estar “à altura”.
• Desistir antes do tempo: abandonar projectos logo que surgem dificuldades ou desconforto.

💬 3. Auto-sabotagem relacional

• Isolamento: afastar-se de pessoas que poderiam apoiar ou ajudar.
• Criar conflitos desnecessários: reagir defensivamente, interpretar mal intenções, ou provocar rupturas como forma de “controlo”.
• Escolher relações que reforçam inseguranças: procurar inconscientemente parceiros, amigos ou ambientes que confirmem crenças negativas sobre si próprio.

❤️ 4. Auto-sabotagem emocional

• Negar ou reprimir emoções: evitar sentir tristeza, medo ou vulnerabilidade — o que impede a verdadeira regulação emocional.
• Culpa constante: sentir-se culpado por descansar, por ter sucesso ou até por ser feliz.
• Auto-exigência desmedida: colocar padrões impossíveis e punir-se quando não os cumpre.

🧘‍♀️ 5. Auto-sabotagem subtil (interna)

• “Falar-se mal” internamente: o diálogo interno torna-se agressivo (“Sou um desastre”, “Nunca acerto”).
• Desconfiar de elogios ou sucessos: achar que foi “sorte” ou “erro do sistema”.
• Medo do sucesso: recear que, se correr bem, algo mau aconteça ou se perca o controlo.

A grande dificuldade em ultrapassar este padrão de pensamentos auto-sabotadores é que ele se torna profundamente enraizado na mente, formado ao longo de muitos anos de pensamentos negativos e, frequentemente, ligado a experiências ou traumas de infância.

COMO PODE AJUDAR-TE O AIKIDO RELACIONAL ?

No Aikido Relacional, consideramos a autossabotagem como um interlocutor interno agressivo. E identificar o nosso próprio ataque interno como um interlocutor, é um primeiro passo positivo.  

A proposta é que, uma vez identificado e tornado consciente o pensamento sabotador, o possamos acolher com proteção e neutralidade — como se fosse um parceiro de treino que observamos e com quem desejamos praticar Aikido. Dissolver o seu poder agressivo, criando espaço para o escutar pode ser um caminho. Esta escuta interna permitirá compreender a intenção positiva desse pensamento negativo. Podemos então deixar de procrastinar, atuando em conformidade com essa intenção positiva.

Exemplo: “Não sou capaz”, “Vou falhar de novo”. O teu atacante interno é um parceiro crítico!
Activar o teu Aikido Relacional: Vê este pensamento como um uke (parceiro de treino) que ataca com críticas e que tem medo que algo te aconteça, que sofras, que fiques ferido.
Não resiste, Respira, Sae da linha de Ataque, Mantem a conexão com o teu crítico, Pergunta-lhe, e Escuta com curiosidade :

• “O que queres proteger em mim?”
• A intenção positiva pode ser o desejo de evitar dor, rejeição ou humilhação.

Em que consistirá o teu caminho ?  Aceitar falhar , Respeitar os teus próprios limites, e acolher o teu potencial.

Recomendo sessões individuais de Aikido Relacional, que poderão proporcionar-te maior facilidade, confidencialidade e fluidez na realização deste dialogo e caminho pessoal . 

Lê a segunda parte deste artigo, onde relaciono cada forma de autossabotagem com uma atitude aikidoca e um caminho de transformação interna 👇Consulta Aqui